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terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Saúde em Juiz de Fora em discussão



Ontem (18/02/2013) aconteceu na CMJF audiência pública, a pedido de RODRIGO MATTOS, sobre a situação da saúde no município e metas da pasta.

O atual secretário da saúde, José Laerte, apresentou alguns destaques que dará na sua gestão: regulação, atenção primária, etc., de forma bastante coerente. Como era de se esperar
No entanto, alguns pontos me deixaram intrigada:

1) havia 2 milhões em caixa na antiga gestão para medicação... Não foi utilizada por quê? O secretário enquanto vereador sabia disto, e inclusive postou no grupo do Facebook JUIZ DE FORA,  a respeito.  Enquanto vereador tinha a função de fiscalizar e exigir do executivo, ações, etc,  não?

2) transferência da secretaria para novo prédio, que será no prédio do  antigo Pronto Socorro na Av. Andradas.  Um prédio próximo ao Viana Jr. A reforma já está em andamento. Lembro que no passado a população da área reclamava de quando o PS era ali: além do barulho, falavam da quantidade de "pobres na região". Como a secretaria vai lidar com isto? Até porque o acesso estará facilitado, podendo muita gente ir diretamente à secretaria para reclamar, pedir, etc.  Além disto o prédio tem um bom espaço. Abrigará somente a secretaria ou os demais setores e coordenações relacionadas a ela (zoonoses, epidemiologia, vigilância sanitária, saúde mental, COMPID, ouvidoria, etc)? É um caso a se pensar, se irá mudar de endereço que abarque toda a demanda e diminua o s gastos do município com ALUGUÉIS de imóveis.

3) inauguração do SAMU. Essa inauguração contará já com os 40 carros prometidos por ocasião do anúncio do Hospital Regional, e já atenderá às 93 cidades conforme será? Se sim, como a secretaria irá enfrentar a dicotomia demanda - oferta sem o novo serviço de saúde regionalizado durante alguns bons meses? Isso poderá estrangular ainda mais nosso sistema de saúde.

4) construção de um centro de guarda e depósito de inseticida contra a dengue: Tudo bem que dengue é um problema, atualmente prioritário, mas não é a única demanda do município...não poderia ser um centro de guarda e  depósito de inseticida e materiais do gênero para combate de doenças provocado por animais, insetos, etc? Devemos lembrar ai que temos uma infestação na cidade de roedores, pombos, ocorrências de  escorpiões, carrapatos (inclusive mortes notificadas por febre maculosa), etc.

5) concurso público: e as pessoas que fizeram concurso que ainda está na “validade”, e ainda não fora chamadas? Os concursos serão apenas para médicos? E os salários do que já estão concursados e trabalhando há anos?

6) Inauguração e credenciamento do CAPS III (centro de atenção psicossocial 24 horas) e fechamento do São Domingos e Aragão:  logicamente que este item irá render um tópico exclusivo. Mas a priori me pergunto como irão atender a demanda advinda dos hospitais fechados com uma estrutura substitutiva a eles precária e sem cobrir todo o público alvo, uma atenção primária desestruturada, e sem uma emergência psiquiátrica que desempenhe bem essa função?

7) COMPID: o Conselho Municipal de Políticas Integradas sobre Drogas tem sido bastante aclamada, comemorada e divulgada pelas secretarias de assistência social e da saúde em Juiz de Fora. No entanto, o que estranho é que esse conselho deveria estar FUNCIONANDO há um ano. E ambos os secretários das respectivas secretarias eram vereadores quando a lei regulamentando o COMPID foi sancionada, lembrando que o secretário de saúde além de ser vereador na época era presidente da  comissão de saúde, é médico e PSIQUIATRA.  Fica então preocupante essa divulgação quando a formação (composição dos membros) do conselho é equivocada, o mesmo não é deliberativo. Mas é necessário para o município receber verbas para o combate às drogas, principalmente crack.

8) reavaliação de todos os contratos:  inclusive da ACISPES?

9) o secretário executivo do conselho municipal de saúde  cobrou mais autonomia do órgão nas licitações: para facilitar a ACISPES? Ou alguns caciques da saúde? Em gestão pressa, urgência e emergência chamam-se ingerência. Mas não poderia deixar de perguntar por que sempre é o  secretário executivo falando pelo CMS e não o presidente do mesmo. Secretário é  porta-voz? Até onde eu saiba o cargo foi criado em 1996, pela lei nº8860 para dar suporte ORGANIZACIONAL ao conselho. Sem consertar no atraso de Juiz de Fora em manter apenas uma pessoa na secretaria executiva do conselho municipal de saúde, ao invés de uma comissão conforme várias cidades estão adotando.

10) sobre risco da dengue: este é um tópico que também farei um post a parte, mas devo acrescentar aqui a questão das casas “ociosas” (vazias), construções, lages e marquises, inclusive do poder PÚBLICO. Culpar somente o cidadão é fácil demais. Outra questão é sobre as demissões: primeiro foi dito que alguns foram demitidos porque não desenvolveram o trabalho corretamente, agora todos  porque não compareceram a uma convocação? Convocação como foi comunicada, todos receberam a informação da mesma?teve uma segunda chance?

Parecem questões banais, mas de extrema importância, pois passar o carro à frente dos bois pode render morte do gado.

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