Ontem (18/02/2013) aconteceu na
CMJF audiência pública, a pedido de RODRIGO MATTOS, sobre a situação da saúde
no município e metas da pasta.
O atual secretário da saúde, José
Laerte, apresentou alguns destaques que dará na sua gestão: regulação, atenção primária,
etc., de forma bastante coerente. Como era de se esperar
No entanto, alguns pontos me
deixaram intrigada:
1) havia 2 milhões em caixa na
antiga gestão para medicação... Não foi utilizada por quê? O secretário
enquanto vereador sabia disto, e inclusive postou no grupo do Facebook JUIZ DE
FORA, a respeito. Enquanto vereador tinha a função de fiscalizar
e exigir do executivo, ações, etc, não?
2) transferência da secretaria
para novo prédio, que será no prédio do
antigo Pronto Socorro na Av. Andradas. Um prédio próximo ao Viana Jr. A reforma já
está em andamento. Lembro que no passado a população da área reclamava de
quando o PS era ali: além do barulho, falavam da quantidade de "pobres na
região". Como a secretaria vai lidar com isto? Até porque o acesso estará
facilitado, podendo muita gente ir diretamente à secretaria para reclamar,
pedir, etc. Além disto o prédio tem um
bom espaço. Abrigará somente a secretaria ou os demais setores e coordenações
relacionadas a ela (zoonoses, epidemiologia, vigilância sanitária, saúde
mental, COMPID, ouvidoria, etc)? É um caso a se pensar, se irá mudar de
endereço que abarque toda a demanda e diminua o s gastos do município com
ALUGUÉIS de imóveis.
3) inauguração do SAMU. Essa
inauguração contará já com os 40 carros prometidos por ocasião do anúncio do
Hospital Regional, e já atenderá às 93 cidades conforme será? Se sim, como a
secretaria irá enfrentar a dicotomia demanda - oferta sem o novo serviço de
saúde regionalizado durante alguns bons meses? Isso poderá estrangular ainda
mais nosso sistema de saúde.
4) construção de um centro de
guarda e depósito de inseticida contra a dengue: Tudo bem que dengue é um
problema, atualmente prioritário, mas não é a única demanda do município...não
poderia ser um centro de guarda e
depósito de inseticida e materiais do gênero para combate de doenças
provocado por animais, insetos, etc? Devemos lembrar ai que temos uma
infestação na cidade de roedores, pombos, ocorrências de escorpiões, carrapatos (inclusive mortes
notificadas por febre maculosa), etc.
5) concurso público: e as pessoas
que fizeram concurso que ainda está na “validade”, e ainda não fora chamadas?
Os concursos serão apenas para médicos? E os salários do que já estão
concursados e trabalhando há anos?
6) Inauguração e credenciamento
do CAPS III (centro de atenção psicossocial 24 horas) e fechamento do São
Domingos e Aragão: logicamente que este
item irá render um tópico exclusivo. Mas a priori me pergunto como irão atender
a demanda advinda dos hospitais fechados com uma estrutura substitutiva a eles
precária e sem cobrir todo o público alvo, uma atenção primária desestruturada,
e sem uma emergência psiquiátrica que desempenhe bem essa função?
7) COMPID: o Conselho Municipal
de Políticas Integradas sobre Drogas tem sido bastante aclamada, comemorada e
divulgada pelas secretarias de assistência social e da saúde em Juiz de Fora.
No entanto, o que estranho é que esse conselho deveria estar FUNCIONANDO há um
ano. E ambos os secretários das respectivas secretarias eram vereadores quando
a lei regulamentando o COMPID foi sancionada, lembrando que o secretário de
saúde além de ser vereador na época era presidente da comissão de saúde, é médico e PSIQUIATRA. Fica então preocupante essa divulgação quando
a formação (composição dos membros) do conselho é equivocada, o mesmo não é
deliberativo. Mas é necessário para o município receber verbas para o combate
às drogas, principalmente crack.
8) reavaliação de todos os
contratos: inclusive da ACISPES?
9) o secretário executivo do
conselho municipal de saúde cobrou mais
autonomia do órgão nas licitações: para facilitar a ACISPES? Ou alguns caciques
da saúde? Em gestão pressa, urgência e emergência chamam-se ingerência. Mas não
poderia deixar de perguntar por que sempre é o
secretário executivo falando pelo CMS e não o presidente do mesmo. Secretário
é porta-voz? Até onde eu saiba o cargo
foi criado em 1996, pela lei nº8860 para dar suporte ORGANIZACIONAL ao
conselho. Sem consertar no atraso de Juiz de Fora em manter apenas uma pessoa
na secretaria executiva do conselho municipal de saúde, ao invés de uma
comissão conforme várias cidades estão adotando.
10) sobre risco da dengue: este é
um tópico que também farei um post a parte, mas devo acrescentar aqui a questão
das casas “ociosas” (vazias), construções, lages e marquises, inclusive do
poder PÚBLICO. Culpar somente o cidadão é fácil demais. Outra questão é sobre
as demissões: primeiro foi dito que alguns foram demitidos porque não
desenvolveram o trabalho corretamente, agora todos porque não compareceram a uma convocação?
Convocação como foi comunicada, todos receberam a informação da mesma?teve uma
segunda chance?
Parecem questões banais, mas de
extrema importância, pois passar o carro à frente dos bois pode render morte do
gado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário