Esse final de semana estive
observando a movimentação dos partidos nestas eleições nas redes sociais. Embora
tenha observados cinco redes de
relacionamento o Facebook foi campeão de participação eleitoral, os candidatos
possuem mais seguidores nessa rede, participam mais, as informações são
melhores trabalhadas.
Porém alguns espaços ainda estão
com lacunas enormes, são eles comentários de sites e blogs. Inclusive dos próprios
candidatos. Engana-se que pensa que o
leitor não lê os comentários, e é
raro encontrarmos comentários, e interação entre os mesmos e de militantes.
A falta de interação entre
candidatos (aqui estarei novamente citando apenas candidatos majoritários) e eleitores é
enorme. Lógico que é impossível um candidato estar sempre disponível em rede,
mas para isso existe a assessoria. Não adianta esta trabalhar apenas apresentando as ações do candidato na vida e
na campanha. A interação, responder perguntas é fundamental, principalmente aqueles
que se dispuseram a reunir com a sociedade em reuniões, encontros. Fica
parecendo que só tem a disponibilidade para ouvir, para conversar quando marca,
e quando a população solicita, fica a
ver navios...
Nesse patamar entra uma discussão interessante que é a
participação do candidato, quer seja por militância, pessoalmente ou por
assessoria nas explicações, esclarecimentos que se apresentam nas redes sociais
e acabam virando tema em rodinhas de conversas “reais”. O problema aqui não se insere exatamente na ausência do candidato, mas na provocação do outro. Pois quando o
candidato se ausenta, o adversário tem liberdade de estruturar sua campanha
a partir da fragilidade e vulnerabilidade dos ausentes.
Vejamos um exemplo prático disso:
O PT tinha maior representação de militância
na rede até há uma semana. Isso favoreceu que os boatos, e os “pinçamentos” de informações
sobre o processo judicial que envolve o nome da candidata do PT em Juiz de
Fora, não proferisse, ou se assim o fosse não fosse discutido de forma fragmentada, mas explicando-se o que
realmente ocorreu, e acontece. Ao passo que o PSDB não teve essa defesa em
tempo hábil, e nem se esforça nesse sentido atualmente para explicar o episódio
sobre compra e venda de votos. Assim como o PMDB deixou correrem solto as
especulações sobre o possível golpe dado em um grupo do próprio partido. Muitas
dessas explicações passaram como notas em jornais, os quais poucos leem.
Acredito que na rede, além do
efeito teia, o grande desafio é este: desmistificar as informações
fragmentadas, isto não é trabalho fácil, pois demanda tempo, já que se tem que comprovar com fatos, links, fotos, etc a
veracidade dos fatos e de forma contextualizada. É comum lermos fulano apoiou cicrano,
beltrano está sendo processado, fulano
mentiu, X não fez, Y é imaturo, são
pinçamentos de informações que de acordo como se coloca pode denegrir a imagem
do outro, criar antipatia, etc.
Para finalizar cabe destacar um
movimento bastante comum no Facebook que
se refere ao fato dos militantes terem uma tendência de ficar restritos em seus
próprios nichos, ou seja nos grupos
cujos participantes são maioria apoiadores de seu candidato, ou em grupos do
próprio candidato e em seus próprios perfis. Mas esquecem que quem já tem voto
definido, dificilmente muda, e que
deve-se ir em busca dos indecisos, que por sua vez não ficam restritos em
grupos de um só candidato, ou em grupos que correm “enxurrada” de informações e
posts de um só candidato se apresentando e divulgando, é preciso ter o debate a
interação dita anteriormente.
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