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terça-feira, 21 de agosto de 2012

A dinâmica eleitoral na rede




Esse final de semana estive observando a movimentação dos partidos nestas eleições nas redes sociais. Embora tenha observados cinco  redes de relacionamento o Facebook foi campeão de participação eleitoral, os candidatos possuem mais seguidores nessa rede, participam mais, as informações são melhores  trabalhadas.

Porém alguns espaços ainda estão com lacunas enormes, são eles comentários de sites e blogs. Inclusive dos próprios candidatos. Engana-se que pensa que o  leitor  não lê os comentários, e é raro encontrarmos  comentários, e  interação entre os mesmos e de militantes.

A falta de interação entre candidatos (aqui estarei novamente citando apenas  candidatos majoritários) e eleitores é enorme. Lógico que é impossível um candidato estar sempre disponível em rede, mas para isso existe a assessoria. Não adianta esta trabalhar apenas  apresentando as ações do candidato na vida e na campanha. A interação, responder perguntas é fundamental, principalmente aqueles que se dispuseram a reunir com a sociedade em reuniões, encontros. Fica parecendo que só tem a disponibilidade para ouvir, para conversar quando marca, e quando a população  solicita, fica a ver navios...

Nesse patamar  entra uma discussão interessante que é a participação do candidato, quer seja por militância, pessoalmente ou por assessoria nas explicações, esclarecimentos que se apresentam nas redes sociais e acabam virando tema em rodinhas de conversas “reais”.  O problema aqui não se insere exatamente na ausência  do candidato, mas  na provocação do outro. Pois quando o candidato se ausenta, o adversário tem liberdade de estruturar  sua campanha  a partir da fragilidade e vulnerabilidade dos ausentes.

Vejamos um exemplo prático disso: O PT tinha maior representação  de militância na rede até há uma semana. Isso favoreceu que os boatos, e os “pinçamentos” de informações sobre o processo judicial que envolve o nome da candidata do PT em Juiz de Fora, não proferisse, ou se assim o fosse não fosse  discutido de forma  fragmentada, mas explicando-se o que realmente ocorreu, e acontece. Ao passo que o PSDB não teve essa defesa em tempo hábil, e nem se esforça nesse sentido atualmente para explicar o episódio sobre compra e venda de votos. Assim como o PMDB deixou correrem solto as especulações sobre o possível golpe dado em um grupo do próprio partido. Muitas dessas explicações passaram como notas em jornais, os quais poucos leem.

Acredito que na rede, além do efeito teia, o grande desafio é este: desmistificar as informações fragmentadas, isto não é trabalho fácil, pois demanda tempo, já que se tem que  comprovar com fatos, links, fotos, etc a veracidade dos fatos e de forma contextualizada.  É comum lermos fulano apoiou cicrano, beltrano está sendo processado,  fulano mentiu,  X não fez, Y é imaturo, são pinçamentos de informações que de acordo como se coloca pode denegrir a imagem do outro, criar antipatia, etc.

Para finalizar cabe destacar um movimento bastante comum no Facebook  que se refere ao fato dos militantes terem uma tendência de ficar restritos em seus próprios nichos,  ou seja nos grupos cujos participantes são maioria apoiadores de seu candidato, ou em grupos do próprio candidato e em seus próprios perfis. Mas esquecem que quem já tem voto definido, dificilmente muda,  e que deve-se ir em busca dos indecisos, que por sua vez não ficam restritos em grupos de um só candidato, ou em grupos que correm “enxurrada” de informações e posts de um só candidato se apresentando e divulgando, é preciso ter o debate a interação  dita anteriormente.

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