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terça-feira, 19 de julho de 2011

O fim dos tempos

O fim dos tempos está chegando!

Fim de ficarmos passivos às situações fingindo que nada acontece, que vivemos numa sociedade linda e verdadeira.

É chegado o fim do tempo em que conchavos, mentiras, ocultar informações de interesse coletivo seja uma prática comum.

É o fim do tempo de mantermos nossos braços cruzados, esperando qual a próxima crucificação, imposto, ou ônus que teremos que aceitar.

O tempo do quartel está no fim, o “sim senhor” poderá passar a ser “é assim que queremos senhor”

Mas podemos chegar a fins mais trágicos, nos quais amarrarão em nossas mãos cabeças e pernas cordas e nos tornaremos marionetes, outros fantoches para animar as ruas da cidade, enquanto o engravatado lá da janela falará, está vendo? Que cidade feliz e culta?

Podemos chegar ao fim secos, tendo nossos bens, mente e sangue sugados de forma feroz de projetos de leis superficiais, que só tenta buscar aquilo que podemos lhes oferecer: um “X” eletrônico.

Já estamos no tempo em que um militante socialista acha absurdo reclamar de um salário de mil e duzentos reais após dez anos de estudo, isso sem avaliar os riscos profissionais ou qualquer outra esfera que a pequenez cerebral permite imaginar.

Chegamos ao limite de ter de pedir cobertores para hospitais públicos em feiras livres! Ou de ter em rodas de conversas somente o que ocorre na agenda cultural é a temática “deejaydiana”. E uma aluno secundarista não saber quem é Rubem Fonseca.

Estamos na fase de que comprar livro de desconhecidos é besteira, saber um pouco mais sobre o outro é fofoca, o que vale mesmo está apenas nos manuais. Somente Freud tinha e tem razão, os demais? Usam-se apenas por conveniência.

O fim dos tempos está chegando, do tempo de ficarmos de braços cruzados em frente ao guarda roupa escolhendo a roupa para a próxima balada, ou enfrente a TV buscando as mais novas fofocas de celebridade.

É fim do tempo da alienação total, fim do tempo de achar que a vida é feita apenas de escolhas de festas, de trabalho para bancá-las, de achar que podemos decidir o destino do mais fraco,

É tempo de lembrarmos que podemos mudar nosso próprio destino, e se cada um mudar o seu de forma não fútil, certamente mudaremos o destino coletivo. Ai então, surgirá uma sociedade mais justa, mais coerente, ou no mínimo mais consciente e sincera.

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