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quarta-feira, 18 de maio de 2011

A despedida



Quando o menino veio contar a João o que acabara de acontecer com Flor, ele não pode acreditar, saiu correndo e foi até a igreja. Lá pode ver a verdade à sua frente. Bem no altar jazia o corpo de sua amada em um caixão branco, com flores como ela.


Incrédulo correu gritando pelo corredor central da capela, ajoelhou-se em frente sem coragem para ver a moça pela última vez, chorou por longos minutos, até que o padre se aproximou, o ajudou a levantar-se. Mesmo assim ele recusara-se a olhar.


O padre então lhe falou: “ela se foi feliz, veja”. A moça parecia sorrir dentro do caixão. João se aproximou, colocou suas mãos em cima das dela, e perguntou quase num sussurro “por quê?”. As pessoas ali em volta se comoviam com a cena, sabiam do amor dos dois.


Então o padre lhe disse: “ Você esperou tanto tempo por certezas, esperou que alguém fizesse tudo por você, ela fez, deu a vida por você. Agora não chores pela sua partida, mas pelo amor que não pode –lhe oferecer, pois acredita que amor é testado, amor é simplesmente sentido, doado, dedicado, sem porquês, sem pra quê”.

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