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quarta-feira, 30 de junho de 2010

O despertar


Hoje acordei com uma vontade absurda de falar de sentimentos, não o que sinto, ou o que vivo no presente momento, apenas exteriorizar sentimentos. Falar de amor, de ilusão, de paixão, de adeus. Enfim, utilizar do abstratismo para escrever.

Não que tenha acontecido algo diferente, ou que eu tenha perdido meu “poder” de crítica, mas até mesmo os racionais, vivem algum momento de emoção, nem que seja pela experiência do outro.

Quis falar de sentimento de uma forma espontânea, sem arestas da vida, sem preocupação de rimas fracas, métricas, estilo literário. Apenas falar, escrevendo sobre algo que dispensa qualquer conceituação, a não ser sentir.
Para isso é preciso viver, somente quem amar, sabe o que é o adeus, e vice versa. Somente quem sofre com a separação sabe o peso da distância, somente quem se ilude é capaz de viver uma grande paixão.

Não quero ser poeta, mas uma livre pensadora, que pode caminhar por cima do calcário, do barro, como flutuar pelas mais belas paisagens, basta fechar os olhos e imaginar. Essa é a única liberdade que ninguém pode me tirar: a de sonhar.
Enquanto for capaz de sonhar, serei capaz de acreditar nas pessoas, serei capaz de sentir, de abstrair, e de escrever...

Não quero contestar Drumond, Vinícius, Neruda. Quero apenas me embriagar com o cheiro dos campos da minha imaginação, viajar nas asas do prazer sem igual que a escrita me traz, e principalmente a leitura me remete.

Quero ser livre, poder ousar, sem me preocupar nas críticas ou ataques que possam a vir, pois mesma assim não perderei minha vontade de gritar em uma folha em branco o meu sentimento.

Sentir... é isso que a poesia do momento pede, nada de conceitos, gêneros, gramáticas, apenas a alma...

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