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quinta-feira, 3 de junho de 2010

CAOS NA SAÚDE



Ao passarmos pelos serviços públicos de saúde é exatamente isso que ouvimos: caos. As sugestões para a maioria que reclamam do mal atendimento, ou melhor, atualmente do não atendimento em pronto atendimento são variados, vão desde o aumento do número de pessoal ( principalmente médicos) até novos postos de atendimento.

Mesmo que aumente o numero de pessoal, aumente a oferta de serviços, ainda assim veremos filas intermináveis de espera.

O sistema está sucateado, e não adianta procurarmos culpados, pois se tornou uma reação em cadeia: não há médicos devido a baixo salários, não há dinheiro devido aos altos gastos com medicações que estragam nos depósitos, não há medicação, pois existem um número quase na casa dos milhões de exames para serem realizados e pagos.

Isso sem contar nas intercorrências epidêmicas que aparecem - eis ai continuamente a DENGUE que não nos deixa mentir.

O caos – condição absoluta de omissão de soluções - se torna mais grave quando vamos mais a fundo, a metodologia de trabalho, a sistematização da assistência, o ensino que os novos futuros profissionais estão recebendo.

Do prisma do paciente, do cliente é assustador chegar em um serviço ficar deitado em um corredor. Isto quando consegue atendimento, pior quando não encontra médico para atendê-lo. Porém do ponto de vista profissional não inserido no sistema, é assustador verificar pessoas se preocupando mais com a profissão da vilã da novela das oito ( que agora é quase as dez), que denigre a imagem da profissão, enquanto verdadeiros profissionais desfilam com seringas com vacinas por corredores, ou distribuem apenas quarenta senhas diárias para multivacinação contra a gripe H1N1. Ou quando verificamos alunos e professores atendendo quem já está assistido, enquanto há uma fila de trabalhadores querendo uma atenção, uma vacina.

A precariedade já está estabelecida, não adianta o novo para melhorias, se a base, se o alicerce está abalado, baixos salários, gasto de materiais, falta de educação para a saúde e o principal A INTEGRALIDADE COM A SOCIEDADE, e esta integralidade envolve todas as esferas sociais, desde a saúde até a esfera de segurança e trabalho, passando pela reformulação curricular e cultural.

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