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sexta-feira, 21 de maio de 2010

Tudo por amor



Filme muito conhecido, por sua triste história de amor, do diretor Joel Schumacher, conta a história de uma mulher que desistiu do amor após uma traição que encontra um rapaz que desistiu de viver.

Realmente algo de cinema, mas que nos remete a uma reflexão comum no nosso dia-a-dia: O amor supera tudo? Ou ainda, o amor pode nascer diante da adversidade? É possível amar diante das diferenças?

O filme nos trás a relação vida-morte; riqueza-pobreza; educação-baixa escolaridade. Além da belíssima trilha sonora e momentos que falam sobre a arte. Porém o momento marcante do filme, não é a superação dele em não querer ser mais doente, e tentar por amor uma nova forma de vida, ou ainda ela se entregar a uma pessoa que tem uma grave doença. Mas sim reconhecer que o ama no momento que ele mais precisava, que ele não estava no pódio, quando ele teve uma recaída, e para não perder a magia do momento, da oportunidade de ter o amor dela, por medo, escondeu a recaída, e acabou mentindo, ferindo os sentimentos dela.

Mas ela superou aquele Embraco dele, o equivoco, a mentira. Por amor retornou, e reconheceu o amor por ele no momento que ele realmente precisava daquele amor, no momento de fracasso, de vulnerabilidade, no qual não poderia oferecer nada além de um olhar a ela e uma amor sem atos.

É fácil amar a pessoa no momento da vitória, quando ela pode lhe trazer algo e lhe satisfazer todos os seus desejos, no momento que há admiração, motivos para ela ser amada ou desejada. Mas quando o outro faz tudo errado, é difícil amar, e se há essa dificuldade, ou é porque existe egoísmo, ou porque você foi incapaz de se abrir e dizer: me ajude também.

Amar o outro não é démodé, ajudar tão pouco. O amor não surge no estalar de dedos, não é ilusão, é construção. Já diz os indianos: nem sempre a beleza que observamos é a beleza que existe dentro da pessoa. Somente no dia-a-dia que se pode conhecer, olhando nos olhos enfrentando as situações juntos. Assim construindo o amor.

No filme descobriram que essa construção dependeria de um conhecer o outro, e isso se descobriu quando numa primeira reação da quimioterapia, ela descobriu que nada sabia, e se sentiu perdida, ele ouvindo a conversa, decidiu através do conhecer dele abrir essa possibilidade dela conhecer, aprender ou correr.

Depois quando ela se abriu e foi buscar, pois abriu a oportunidade do amor, da construção através da amizade ( no caso deles), a troca foi de vivências: ela o ensinaria a voltar a viver, e ele o conhecimento que tinha, minimizando a diferença que impedia que o amor se concretizasse.

Assim deve ser na vida. Não deve ser uma fala, um amigo, um comportamento que tenha que colocar toda uma base de amor se destruir, ou ficar apenas no alicerce. O medo de arriscar de se aventurar de conhecer, não é bom, pois hoje pode ser o medo do amor, amanhã de viver.

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