OLha realmente sinto que precisamos ( a sociedade toda e não só os envolvidos na causa propriamente dita) fortalecer as discussões em torno na reforma psiquiátrica.
Falo por experiência duplamente própria: enquanto profissional e paciente.
Vejo pessoas se afastando de mim ( e com certeza não sou eu delas) por causa de um transtorno bipolar, e por outro lado vejo a dificuldade de trabalhar na área, estou lançando um livro agora sobre o assunto e vejo um TOTAL desinteresse por parte dos profissionais de saúde, inclusive pessoas que trabalham em CAPS, sobre o assunto. não digo nem comprar o livro, mas discutir a respeito, ter motivação para desenvolver eventos que possam difundir mais esse tema.
Fico chocada com colegas meus enfermeiros, travados na guerra de fazer parto e prescrever, enquanto a saúde mental vai ficando quase que no esquecimento. É desanimador.
Essa situação a meu ver só reforça a velha questão colocada por vários filósofos de que muitas pessoas estão escravas de um sistema ( regrado social), reproduzindo velhos costumes, ou costumes de modismo.
Ainda me questiono até quando? Até quando pacientes ainda vão preferir os hospitais, pois aqui fora é lacerante o nosso dia-a-dia para nossa mente e sobrevivência. Eu digo que os maus tratos em hospitais, descasos, falta de condições é ínfema perto do preconceito, exclusão e outros que sofremos aqui fora.
Agora resta saber até quando precisamos ficar levantando motivação para discutir a verdadeira reforma psiquiátrica, que não consiste apenas na mudança de tratamento em si, mas na concepção da sociedade para com a doença mental.
P.s. Essa resposta foi dada em um fórum de discussão no qual uma pessoa pedia para melhorar as discussões sobre reforma psiquiátrica em 2008.
Falo por experiência duplamente própria: enquanto profissional e paciente.
Vejo pessoas se afastando de mim ( e com certeza não sou eu delas) por causa de um transtorno bipolar, e por outro lado vejo a dificuldade de trabalhar na área, estou lançando um livro agora sobre o assunto e vejo um TOTAL desinteresse por parte dos profissionais de saúde, inclusive pessoas que trabalham em CAPS, sobre o assunto. não digo nem comprar o livro, mas discutir a respeito, ter motivação para desenvolver eventos que possam difundir mais esse tema.
Fico chocada com colegas meus enfermeiros, travados na guerra de fazer parto e prescrever, enquanto a saúde mental vai ficando quase que no esquecimento. É desanimador.
Essa situação a meu ver só reforça a velha questão colocada por vários filósofos de que muitas pessoas estão escravas de um sistema ( regrado social), reproduzindo velhos costumes, ou costumes de modismo.
Ainda me questiono até quando? Até quando pacientes ainda vão preferir os hospitais, pois aqui fora é lacerante o nosso dia-a-dia para nossa mente e sobrevivência. Eu digo que os maus tratos em hospitais, descasos, falta de condições é ínfema perto do preconceito, exclusão e outros que sofremos aqui fora.
Agora resta saber até quando precisamos ficar levantando motivação para discutir a verdadeira reforma psiquiátrica, que não consiste apenas na mudança de tratamento em si, mas na concepção da sociedade para com a doença mental.
P.s. Essa resposta foi dada em um fórum de discussão no qual uma pessoa pedia para melhorar as discussões sobre reforma psiquiátrica em 2008.
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