Mais quem é Ana Paula? Quem, não
sabe quem é pode se considerar sim desatualizado. Não é preciso acompanhar Big
Brother Brasil para saber quem é ela, tão pouco saber o jargão “OLHA ELA!”. Por
simples manchetes e legendas, chamadas
de TV é possível atualizar-se e saber o necessário desta pessoa. E saber disto
não é deixar ninguém mais idiota ou fútil.
Ahh mas a situação do Brasil é
mais importante do que essas futilidades, do que “pitis” de menina mimada. Mas Ana
Paula é Brasil, é eleitora, e teve uma gama de pessoas a reverenciando, idolatrando,
torcendo para que a jornalista (aqui um parênteses: meus amigos jornalistas
devem ter, provavelmente, vergonha dela)
de 34 anos, que nunca trabalhou e é sustentada pelo pai vivendo como uma
dondoca.
Uma mulher que se acha no direito
de mandar o outro calar a boca, que briga com quem não atende às suas vontades,
uma pessoa autoritária, prepotente,
achando-se acima do bem e do mal. O
descontrole em pessoa, a ponto de ameaçar, ofender, difamar e injuriar outros
participantes.
Agora imaginem milhões de pessoas
torciam para ela. E isto não são dados de nenhuma emissora de TV, ou de votações do reality. Mas refere-se a uma
simples análise das redes sociais. Imaginem
que essas pessoas não gostavam apenas porque ela “causava” em um reality show,
mas por achá-la verdadeira, com caráter, a única que realmente merecia ganhar
uma bagatela de um milhão e meio, mesmo que ela grite aos quatro cantos que não
merecia.
Ora, esses mesmos milhões são
votantes, talvez os mesmos que acham normal um ex-presidente morar em apartamento de alto luxo e sair
criticando elite. Diga-se de passagem, que não nasceu em berço de ouro. Acha
normal cobrar milhões por palestras para explicar questões sociais, como conseguiu
tirar o Brasil da miséria. Será mesmo que uma palestra vale milhões para dizer
o que está na imprensa, em decretos, em discursos? OK, pagando transporte e
hospedagem, mas a aposentadoria é bem gordinha (dele, né?).
Podemos ter saído mesmo que temporariamente, modestamente ou em
forma de alegoria (da caverna) do estado de miséria, mas ainda nos falta sair
da miséria moral, da miséria de caráter,
da miséria do analfabetismo político, e principalmente do fanatismo. Além claro da miséria dos falsos pré julgamentos, dos pensamentos
superficiais, da miséria dos juízos de moral.
Muitos aplaudem o bolsa família.
Eu não aplaudo, não acho que foi bom, criou-se milhões de “Anas Paulas” : não
preciso disso, meu pai me banca”... NO Bolsa família: “o governo me sustenta”.
Talvez o governo sustente até a
compra de smartphones para assistir um “olha ela” e vibrar, rir quando outra
pessoa é chamada de pedófilo, sem saber o que é ser pedófilo propriamente dito.
Vergonhoso para uma jornalista. Mas e daí? Ela é “foda”; forte; para alguns,
sedutora.
Assim é o Brasil: eles deram o
bolsa família, o minha casa minha vida... foda-se caráter.
O tema pedofilia está ai, batendo
a cada dia à nossa porta, ficar desatualizado pode levar a um crime de
difamação, injúria. Não se atualizar,
não se atualizar, não se modernizar pode estagnar, e tomar conhecimento jamais será fútil, jamais
será desnecessário.
E isso tudo é sim Big Brother
Brasil, um programa bestial, mas que traz em suas nuances, entrelinhas temas
pra lá de atuais, e mais, suscita uma bela análise do comportamento humano, não
só dos tais “heróis”, mas do povo
brasileiro, o mesmo que norteia a vida de todos nós.
Se saber de Ana Paula é ser
fútil, imbecil, ignorante. Sim sou tudo isso. Seu de Lula, Dilma, FHC, Marília
Pera, Mainardi, Marilena Chaui, MC Gui, MC Bin Laden e nem por isso deixo de
ser menos consciente.
Infelizmente não está tudo
tranquilo e favorável, a jararaca ainda está viva, e se continuarmos a ficar de
olhos vendados, com pré-julgamentos, ou discursos prontos reproduzidos sem um
mínimo de cuidado. Sim, ainda estaremos na era do “pega a metralhadora e
tratatara... Lembre-se o sol não pode se partir em crimes.
“Que a luta que eu travo não me traga dor
Eu faço o possível pra gente ganhar
A guerra de miséria que a gente criou”(MC GUI)
Eu faço o possível pra gente ganhar
A guerra de miséria que a gente criou”(MC GUI)
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