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segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Bullying: não deixe pra lá!


Em menos de vinte e quatro horas, talvez de doze, eu li por três vezes situações sobre bullying nas quais o “não dizer nada”, o “não ligar” ou o “deixar pra lá” apareceu.

Numa primeira situação uma adolescente foi retirada da escola por sofrer bullying por se tornar conhecida na mídia, nas reportagens não há qualquer referência de tentativa da escola em sanar com o problema, a família preferiu retirá-la e a mesma agora segue estudando em casa, também não há nada dizendo sobre se houve intervenção da escola após a saída da menina, ou a procura por outra escola para a adolescente.

Na outra situação, já no Brasil um professor chama um aluno de burro em um campeonato de handebol, comissão julgadora intervieram e o professor se defendeu alegando que a direção da escola e os pais das crianças consentem que ele trate assim os alunos. Ora ou a escola e pais desconhecem o que é bullying e o que pode causar, ou sabem e acham normal, que isso é besteira e que não causa mal algum.

Para finalizar, após eu ter sido vítima de bullying por um político de minha cidade, e apresentar isso a todos numa rede de relacionamentos para que na hora do voto o mesmo seja consciente, uma pessoa veio alegando que por eu defender a bandeira do bullying estava polemizando demais. Ele queria se defender e utilizou uma doença minha (transtorno bipolar) para justificar porque me bloqueou e não iria me denunciar, apenas pelo motivo de eu estar falando a verdade da política local, na qual ele é ligado ao prefeito, afinal é líder de governo, não tem como negar que o mesmo não tenha ligação e esteja do lado do prefeito, querendo ele ou não isso é fato.

Meu intuito neste texto não é mostrar minha indignação do deixa pra lá, mas conscientizar as pessoas em não deixarem, bullying é um problema tão sério quanto pedofilia, e mais difícil prevenção que o primeiro, haja visto que muitos acham normal ridicularizar o outro, manter relações de poder hierárquico para coagir alguém, fazer pressão psicológica.

As ações executadas pelos bullers preocupam, pois a cada dia está mais sutil, mas não menos agressiva, enquanto as reações das vitimas se diversificam entre não “ligar” para o fato até suicídio e inserção no mundo do crime.

Porém um fato que vem me chamando atenção não está intimamente ligada á agressores e vítimas, mas aos expectadores, que acham normal, sem justificativa buscar justiça, resolver problemas ocasionados pelo bullying (ou cyberbullying), é o dito ninguém morre por isso, como muitas vezes lemos.

Não podemos deixar isso acontecer! Lutemos contra o bullying quer seja nas escolas, nas ruas ou nos meios tecnológicos.

Para finalizar deixo esse fragmento de Maiakóvski, muito conhecido e pertinente ao momento.


No caminho com Maiakóvski
"[...]
Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem;
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.
[...]"


domingo, 14 de agosto de 2011

BULLYING NÃO É NORMAL


Nas redes sociais atualmente é comum lermos a seguinte expressão:

“Se você cresceu comendo comida caseira, andava de bicicleta sem capacete, sua casa não era à prova de crianças, tinha uma TV com 5 canais e tinha que levantar para mudar ou para mexer na antena, bebia água de torneira, brincava na rua, subia em árvore, sofria esse tal de bullying na escola e era NORMAL, apanhava da sua mãe quando fazia merda, cole isto em seu mural para mostrar que sobreviveu..”

Essa frase em destaque de que “o tal bullying era normal” na verdade me causa muito receio, e ousaria dizer que caberia até um estudo, Geralmente quem coloca isto no mural são pessoas acima dos trinta anos, e se formos verificar a taxa de pessoas que hoje sofre de depressão, ansiedade, traumas, fobias, dentre outras conseqüências.

Daí surge a questão, não pode ser reflexo do bullying sofrido no passado? É importante esclarecer que as conseqüências desta prática não são necessariamente imediatas. Algumas crianças vítimas de bullying podem apresentar baixo rendimento escolar imediato, outros terem dificuldade de relacionamentos amanhã.

Diante da variedade de enfrentamento e conseqüências é preciso se preocupar com o problema, que não é ALGO NORMAL como acham. E enquanto vítimas ( ou pais de vítimas) acharem normal e deixarem para lá, cada vez mais os agressores vão tomando força e ficam impunes, praticando crimes de ofensa, discriminação, pressão psicológica, dentre outros.

É preciso saber o que é, como reconhecer o bullying, e tomar providências, enquanto pensarmos deixar pra lá, mais práticas haverão por parte de qualquer pessoa, desde professores até mesmo políticos.

Muitos dão a desculpa que foram vitimas e nem por isso sofrem conseqüências hoje, mas há grau de enfrentamentos diferentes, há estruturas familiares diferentes, e será mesmo que não sofreu conseqüências, ou essas passaram quase que imperceptíveis?

A sociedade deve se unir para que vitimas de hoje não sejam criminosos de amanhã por conta de bullying, ou serviços de saúde fiquem com demanda exacerbada por conta de falta de diálogo e brincadeiras de mal gosto. E por outro lado os agressores não seja tratados apenas como criminosos, mas também em suas causas para a prática do bullying.

Bullying não é normal, tão pouco brincadeira de mau gosto, pense nisso.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Pedofilia na Internet





Site é um tema que eu jamais imaginei escrever, não por achar besteira. Apenas porque nunca havia esbarrado no tema, mas hoje fui abordada com esse tema por uma mãe que me pediu alguns conselhos, já que eu falo de bullying e entendo de internet.


Em um primeiro momento é importante frisar que não fiz nenhuma pesquisa a respeito, estarei escrevendo sobre experiências de informática e achismos. Outra coisa que gostaria de falar é a distinção que faço entre o ato pedófilo e o comportamento pedófilo, para mim, são duas coisas distintas, porém que não exime do autor ser classificado como pedófilo. Com essa classificação a meu ver também cabe diferentes sanções penais. Mas esta é outra questão. Vamos ao que interessa.


O adulto que fica na internet apreciando fotos de crianças não pode ser considerado pedófilo, pode ser um fotógrafo especialista em fotografar crianças. Outras pessoas buscam fotos de crianças para fazerem mensagens tipo das que são enviadas como cartões virtuais, etc. essas não podem ser consideradas como pedófilas. No máximo serem acusadas por uso ilegal de imagem.
Na internet existem dois tipos de pedófilos os quais classificarei como passivo e ativo. O pedófilo passivo é aquele que busca apenas fotos e materiais infantis para saciar SOZINHO seu desejo sexual (ou mental), que gosta apenas de ver fotos e vídeos. O que não retira dele o ato criminal, porém não pode ser julgado nas mesmas circunstâncias daquele que abusa de crianças, o qual chamo de pedófilo ativo, que vai à internet em busca de vítimas.


O pedófilo passivo busca suas vítimas em sites pornográficos, ou através de contato de outros pedófilos ou criando contato com as crianças, esse fato falarei adiante juntamente com o pedófilo ativo.


A pedofilia ativa é aquela que o “criminoso” vai à internet apenas escolher suas vítimas, utiliza-se de uma série de instrumentos virtuais para isto: desde sites pornográficos até jogos nos quais a idade média dos jogadores sejam crianças e pré adolescentes. Além disso redes sociais, e programas de relacionamento favorecem.


Há uma gama de chats atualmente em que se pode entrar, forjar idade e se apresentar da forma que quiser na webcam, é fácil reconhecer as crianças e adolescentes ali presentes, é ai que o pedófilo entra, muitos desses programas de chat oferecem vantagens para os freqüentadores, códigos para poderem ver várias webcam ao mesmo tempo, dinheiro, etc. ou seja barganha, nesse momento ele é apenas um pedófilo passivo, após ganhar a confiança da criança (ou adolescente) parte para o encontro e é ai que se consuma a pedofilia ativa.


Outra forma de se rastrear possíveis vitimas, independente do sexo, é através das redes sociais e fotos. Muitos adolescentes ( pré adolescentes e crianças) criam seus perfis e os deixam sem privacidade, ai o pedófilo vai observando o que ela fala com seus contatos, consegue, sem mesmo a adicionar saber onde estuda, onde vai, com quem vai, ou seja o dia a dia, e as vezes telefone, etc. lógico que existem aqueles que se aproxima da vitima através dessas redes, e retira dela muitas informações, ou adiciona amiguinhos se faz de adolescente interessado, uma paquerinha.


No entanto, há uma forma muito utilizada, não só por pedofilia, mas para cyberbullying, seqüestradores etc, que poucas pessoas percebem, ou se preocupam, que é o perfil de pais e parentes. Muitos adultos expõem seus filhos, sobrinhos, na Internet, por meio de fotos, e em conversas informais com amigos acaba dando informações valiosíssimas. Isso acontece muito com algumas pessoas que não dominam muito informática, e acaba expondo dados como telefone, se a pessoa diz que trabalha, expõe uma foto do filho de uniforme escolar, e deixa um telefone, isso já é o suficiente para que a criança seja uma vítima fácil.


Das redes sociais atuais, a que eu acho mais vulnerável a isso é o Facebook, por incrível que pareça, pois as vezes ele solicita telefone para confirmar se é a própria pessoa que está acessando a conta, e se ela não for no perfil e retirar o telefone fica lá, muitos esquecem de fechar a todos as fotos, e sai aceitando quem quiser, expões onde trabalha, se é casado, pelas fotos se descobre o marido e assim vai colhendo uma série de informações, podendo se aproximar da criança através de telefonemas ou indo a escola, onde mora, e assim a criança se torna vitima por culpa dos próprios pais.


No caso dos pais, dialogarem com os filhos para não aceitarem estranhos como amigos, não passarem dados pessoais, se possível implantar um programa que controla o que os filhos estão fazendo na internet, já existem vários gratuitos, e ainda bloquear determinados sites no próprio sistema operacional.


Infelizmente essa é nossa realidade, a ponto de algumas redes não ter onde denunciarmos crimes virtuais como pedofilia, bullying, spam, etc. então a solução é apenas nos policiarmos, retirarmos fotos de crianças dos perfis, evitar crianças em redes sociais e jogos dar preferência a vídeo game comum e ficarmos atentos aos termos de uso e ferramentas da internet.