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sexta-feira, 3 de agosto de 2012

E a saúde como vai?


Não pergunto se você está doente ou não, mas se está bem  fisicamente, psiquicamente e socialmente. Vai bem no emprego, no seu bairro, na sua cidade, anda dormindo bem, sem ansiedade, se alimentando adequadamente, e as relações familiares, tem adoecido?

Pois é isso tudo é saúde. Não estar bem com dor nas costas, febre, dores diversas não é saúde, é doença.
Por isso agora em época eleitoral devemos tomar cuidado com as promessas de candidatos, principalmente envolvendo saúde, uma vez que por ser a maior reclamação da população, torna-se carro chefe, o tema que mais enfatizam nas campanhas eleitorais.

Para se ter uma sociedade saudável, não basta prometer mais médicos e hospitais.  Precisamos de saúde e não curar doenças, aliás, quem quer adoecer?

Um bom plano de saúde  é um bom plano de governo como um todo. Uma vez que  a Organização Mundial de Saúde conceitua, define saúde como o bem estar bio-psico-social. Ou seja, se temos muito desemprego, muita violência, não temos saúde. Estaremos doentes, e nesses casos não é hospital que  cura essa doença, e sim projetos e iniciativas sociais eficazes para toda a cidade  e não apenas para um pessoa.

Assim, vale dizer que  um bom programa de governo é aquele que prioriza toda a sociedade e não apenas  a tentativa de diminuir doenças da população. No entanto, uma questão surge: como acabar com as filas de espera, falta de vagas nos hospitais, demora para cirurgias, falta de medicação, etc.

A primeira iniciativa é ter uma atenção básica uniforme em cada município. Isto significa dizer que  Unidades de Atenção Primária (UAPs), conhecidas como postos de saúde ou unidades básicas de saúde, com a Estratégia Saúde da Família implantada, e ainda o Núcleo de Saúde da família, que conta com apoio de médicos especialistas, fisioterapia, psicologia, dentre outros profissionais.

Em termos de Juiz de Fora isso  representa além de assegurar não só  acessibilidade aos serviços de saúde, como também  uma descentralização dos serviços (aqui  tratando descentralização não como princípio do SUS, mas como um mecanismo de mobilização urbana). Ou seja, uma pessoa que precisará  de uma consulta com o cardiologista, não precisará ir ao Pam Marechal, para esta consulta. Ou seja, uma iniciativa que ajuda não só na saúde da população, mas  na questão do trânsito, transporte urbano, etc.

Com uma atenção primária eficaz, diminuiremos a demanda dos demais níveis de atenção à saúde: secundária (ambulatórios especializados como o Pam Marechal)  e terciário (os hospitais). Dessa forma, se  a demanda , encaminhamentos a esses serviços diminuírem, uma vez que os problemas conseguem ser resolvidos na atenção primária, as filas de espera tendem a diminuir, já que a população e adoecerá menos. Pois a função da atenção primária é prevenção e  evitar agravos de saúde.

Caso o gestor queira diminuir em um tempo mais hábil as filas, ele poderá lançar mão de alguns programas (por exemplo mutirões), convênios (com laboratórios, a partir de licitação para diminuir espera de exames).

Com a população adoecendo menos, haverá menos gastos logo poderá se investir mais em pessoal, em treinamentos. O benefício será de todos.

Diante deste exposto, cabe aqui dizer que, o Estado tem sim dever de prover a saúde conforme  assegura a constituição, mas nós  podemos ajudar, não só cuidando e prevenindo doenças, mas votando em pessoas com compromisso.


Propositalmente eu apenas citei a questão da falta de medicação. Pois estarei abordando esse tema numa próxima postagem, até lá!

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