Hoje não seria diferente, não seria um primeiro de outubro, faltando 30 dias para o HalLoween que seria diferente. E o que é pior, há duas horas eu havia dito isso no bate papo com uma pessoa.
Vamos deixar de embromação e vamos aos fatos.
O respectivo jornal publicou que 500 famílias da cidade poderão receber uma ajuda financeira de R$900,00 para auxílio membros que sejam dependentes químicos. Esse recurso vem do governo ANASTASIA. O coordenador de saúde mental diz que essa proposta é inovadora e bastante eficaz.,...
Bem se for eficaz tanto quanto ao CAPS CASA VIVA estaremos é financiando o tráfico, pois lá existem pacientes há mais de dez anos em acompanhamento (o que descaracteriza totalmente o serviço, e o que é pior, pacientes que faltam consultas por motivos periciais ou outro qualquer e jamais são remarcadas as consultas e seu prontuário simplesmente desaparece (isso não é cogitação minha, e sim experiência própria, há seis anos aguardo uma remarcação para consulta com RESIDENTE, no NUCLEO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL).
Acho jocoso o comportamento deste coordenador, principalmente quando leio que a cidade está formando uma comissão antidrogas, que não é citada ( será que já foi descartada?) e tão pouco cita a atenção primária como aparato e base de um sistema de saúde. Não sei por que me espanto, em Juiz de Fora se desconhece os termos integralidade e hierarquização da assistência, prova disto já foi dito anteriormente e o estrangulamento dos serviços de pronto atendimento ( UPAS e emergências).
Ora a coordenação de saúde mental está preocupada com dependentes químicos, tanto quando meu sobrinho de cinco anos sobre as conseqüências às vítimas da bomba de Hiroshima.
Tem horas que pareço estar lendo uma obra de ficção – ou assistindo. Como falar em dependência química sem falar dos aspectos sociais, como a questão do tráfico, das oportunidades, das opções de sociabilidade ( não só do dependente, mas do público potencial para o ser). Não adianta tratar a dependência, se ao fim do tratamento não há oportunidades, opções de lazer, de socialização. Pelo contrário há apenas locais que favorecem o consumo de drogas ilícitas ou não, discriminação e descaso.
Para finalizar tanto meu texto, quanto a reportagem falam do consultório de rua, um ônibus itinerante que percorrerá regiões da cidade que fará um trabalho de prevenção a proliferação de dependência no município. Este projeto é uma iniciativa federal que constará com uma equipe composta por médicos, psicólogos e assistentes social. Grande equipe multiprofissional! CADÊ O ENFERMEIRO?
Me ESQUECI que na concepção de José Eduardo, dita a mim enquanto estagiária um dia do CAPS CASA VIVA, enfermeiro só servia para ministrar medicação, segurar paciente agressivo e limpar a bunda dos mesmos.
Pois é enfermeiros, continuem na passividade que estão, aceitando tudo como vaquinhas de presépio, balançando a cabeça pra tudo, achando que o seu está garantido, e ficando levantando bandeirinha eterna de jornada de 30 horas e não ao ato médico. Com isso não estão perdendo apenas procedimentos, como acontecerá se aprovado o ato médico, perderá é a credibilidade, responsabilidade e espaço total... serão meros pau mandados.
E quanto à proposta só tenho a lamentar, pois trata-se de mais um engodo eleitoreiro pautado na reforma psiquiátrica, como denunciei no meu livro Integralidade e Saúde mental e POUCOS profissionais do município quiseram saber da discussão.
P.S.: para mim a reforma psiquiátrica nada mais foi do que uma tentativa de se ganhar mais votos!!! Pensem nisso.
P.s: DESCULPE A QUEM IDOLATRA JOSÉ EDUARDO AMORIM, MAS NÃO SUPORTO ESTE HOMEM, PARA MIM NÃO PASSA DE UM OPORTUNISTA!!
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